segunda-feira, 12 de abril de 2010

Entrevista a Camões

Boa noite, hoje temos aqui presente o poeta Luís Vaz de Camões onde iremos realizar-lhe uma entrevista sobre a sua vida e obra.

-Bom dia Camões!

R: -Bom dia!

-Pode-me dizer ao certo onde nasceu, em que cidade e qual foi o estabelecimento de ensino que frequentou?

R: -Eu de facto nasci em 1524 em Lisboa e estudei em Coimbra. Realmente existe um impasse na minha data de nascimento pois nasci no mês de Dezembro e daí a confusão de nasci em 1524 ou em 1525.

-Luís de Camões na sua lírica era muito frequente encontrar o tema do amor será que numa frase da para definir o amor em total?

R: -É óbvio que não visto que a palavra “amor” insere-se em diferentes contextos como no contexto físico, mental e social. Por isso acho que não é numa frase que conseguimos definir concretamente AMOR.
-Uma pergunta mais pessoal, você foi feliz no amor?

R: -Pode-se dizer que sim. Sempre fui um homem com vários amores e hoje em dia sinto-me concretizado.

-Já que estamos a falar em amor, alguma vez sofreu por alguma separação amorosa?

R: -É claro que sim, naqueles tempos apaixonar-se por uma mulher era realizado por amor e era óbvio que existiam as chamadas separações e não era só por queremos nos separar mas sim que eu por vezes tinha que mudar de aldeia e daí éramos obrigados a separa-nos. Agora neste tempo o amor é encarado de uma forma muito diferente.

-Agora passando as suas obras. Sabemos que nos poemas que o senhor escreveu, baseava-se em duas vertentes, poderia enumera-lhas?

R: -As duas vertentes nas quais eu me baseei foi a vertente tradicional e na vertente renascentista.

-Indique quais os temas presentes nas duas vertentes?

R: -Na influência tradicional os temas presentes era o amor, o ambiente de cortesão e o humor e na influência renascentista os temas eram a saudade, o destino, o amor platónico, a mulher, o desconcerto do mundo e a mudança eram alguns dos temas.

-E a variedade estrófica?

R: -Na vertente tradicional usei o vilancete, cantiga, esparsa e trova e na influência renascentista usei o soneto. Posso desde já falar do tipo de verso e na influência tradicional utilizei a medida velha onde utilizava versos de sete sílabas métricas, na vertente renascentista utilizei a medida nova que era o uso do verso decassílabo.

-Camões para finalizar a entrevista, sabemos que o senhor foi preso podes-me explicar o porquê?

R: -Sim, de facto fui preso, visto que, envolvi-me numa luta contra um empregado do rei e esta luta foi por causa de uma mulher ahahahahaha, pois tanto eu como o empregado sentimo-nos atraídos pela mesma mulher.

-Muito obrigado Camões por esta entrevista a um senhor tão privilegiado como você. Agora damos como terminado o nosso programa espero que tenham gostado porque para mim foi uma honra enorme falar com este famoso poeta.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Autobiografia

Vejo-me na minha infância deitado na estrada, a chorar e mais a frente vejo uma moto e um homem também no chão. Tinha acabado de ter sido atropelado. Não sei bem o que me aconteceu mas sei que estava cheio de feridas e não me conseguia levantar. Parecia que havia um vazio dentro de mim e não sei como tinha ido para ali parar. Alguns meses depois já andava de triciclo curado do que me tinha acontecido.

Durante toda a minha infância quando saia da escola ia, todos os dias para a casa dos meus avós. Era um homem muito bom adorava brincar com ele, tinha uma grande paciência e uma grande ternura. Era um exemplo de homem. Mas foi no ano 2000 que o perdi. Morreu de um momento para o outro e nem lhe pude dizer adeus. A partir desse momento nunca mais fui o mesmo. Nunca falava para ninguém e sempre que pensava nele ia para o quarto e desatava a chorar. Passado 3 anos foi a vez da minha avó mas eu já estava a espera pois sofreu muito durante muitos meses.

Entrando na adolescência tinha eu 14 anos quando estava recuperado de tudo o que na minha infância tinha-me acontecido, passado uns meses fui vítima de um novo castigo e que neste o meu melhor amigo chamado Américo que tinha 17 anos morreu. A causa da morte dele foi um temor. Era um rapaz que sofreu muito desde que nasceu, pois sofria de algumas doenças. Apesar disto gostava muito dele porque ele tinha uma força inacreditável, conseguia sempre passar todos os seus problemas de modo vitorioso.

Mas na infância nem tudo foi mau também passei bons momentos, sempre tive atenção por parte dos meus pais e dos meus amigos.

Com 16 anos já tinha conseguido recuperar de tudo o que no passado me tinha acontecido e focalizava-me no objectivo de ir para a universidade.

Sempre fui um aluno com algum sucesso. Nunca reprovara e não era aluno de tirar os meus testes com a classificação negativa. No secundário andei no colégio liceal de Santa Maria de Lamas e de ter sentido algumas dificuldades no secundário tinha conseguido tirar uma média de 15,8 e ter entrado numa universidade de desporto aos 18 anos.

Passado 4 anos fui estagiar na escola EB 2/3 de Lourosa e consegui adaptar-me bem no que fazia. Sempre pensei que não era preciso fazer nada mas reconheço que tinha algum trabalho.

Passado 2 anos fui para a escola de Paços de Brandão e passado 1 ano fui para a minha antiga escola o colégio Liceal de Santa Maria de Lamas.

Aos 25 anos neste colégio conheci uma lindíssima mulher de cabelos loiros de olhos castanhos. Chamava-se Diana Figueiredo, a minha relação com a Diana era estritamente profissional. Ela era professora de Português. Eu sempre quis que ela olhasse para mim de outra forma, mas nunca acontecera. Mas houve um dia que fui ao café ao lado da escola e ela estava sozinha numa mesa. Senti que era a minha oportunidade e sentei-me a beira dela, fomos falando e depois de ai saímos mais vezes.

Passado uns meses declarei-me a Diana e ela ficou muito comovida. Começamos a namorar e aos 27 anos fui pai pela primeira vez. Foi o momento mais feliz da minha vida.

Ao longo dos anos fui vivendo com a minha mulher e o meu filho, Gonçalo. Até que nos meus 35 anos tive um acidente de mota. A sensação vivente foi como na minha infância. Só sei que acordei e estava no hospital com as pernas ligados e com muitas dores. Ao meu lado estava Diana muito preocupada.

Passado 2 meses recuperei e já conseguia andar. Foi mais um susto na minha vida. Continuei a minha vida como professor de educação física.

Aos 39 anos comecei a tirar um curso de treinador e consegui o finalizar com sucesso. Comecei a minha carreira desportiva na Lusitânia Futebol Clube onde consegui ser campeão da 2 º Divisão Norte e transferi-me para o Santa Clara. Depois devido aos horários não conseguia conciliar a escola e a minha carreira. Aos 40 anos tive uma decisão muito importante na minha vida, esta decidia o resto do meu futuro. Após ter falado com a minha mulher e ao meu filho cheguei a uma conclusão importante. Decidi abdicar de ser professor e partir para um grande risco a um treinador talvez medíocre.

Quando me transferi para a Santa Clara tive que “abandonar” a minha família, pois vivia no Porto. Só aos sábados e que podia passar um dia tranquilo com a minha família. Mas nisto tudo até consegui algum sucesso. Consegui subir o Santa Clara da 2º Divisão para o campeonato nacional e no ano em que subi fiquei na 6º Posição no campeonato. Tive no Santa Clara perto de 6 temporadas.

A partir desse momento tive muito sucesso na área de treinador e transferi-me para o Futebol Clube do Porto. Com esta transferência pude estar todos os dias com a minha família.

O tempo foi passado e eu continuava a treinar o Futebol Clube do Porto.

Hoje com 60 anos o meu filho Gonçalo é professor de educação física no Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. A minha mulher Diana continua a dar aulas e eu continuo a minha carreira como treinador e com 12 temporadas a frente do Futebol Clube do Porto. Consegui ganhar 9 Campeonatos e 2 campeonatos mundiais. Hoje olho para o meu passado e orgulho-me pelos meus feitos. Consegui sempre ultrapassar os problemas de forma vitoriosa.